O nosso corpo foi feito para se movimentar, mas devido algumas circunstâncias, algumas pessoas perdem essa condição e acabam presos a uma cama, que sempre é causado devido a uma grave doença ou o acúmulo de várias doenças ao longo dos anos em função do processo de envelhecimento.
Quais as principais causas da imobilidade no idoso?
Essa condição pode ser causada por diversas doenças como:
Acidente vascular cerebral (AVC), ou popularmente conhecido por derrame;
Tumores;
Alzheimer;
Parkinson;
Problemas pulmonares ou cardíacos;
Covid.
Mesmo com doenças diferentes que os levam para essa situação, uma vez que ficam acamados, passam a apresentar uma série de mudanças no corpo que são comuns em grande parte dos pacientes. São elas:
Músculos, ossos e articulações: uma pessoa acamada deixa de estimular uma série de músculos do corpo, e sem o estímulo vão se atrofiando e perdendo progressivamente massa muscular. Os ossos sem movimentos se enfraquecem e com o tempo podem até quebrar com um movimento simples na cama. As articulações, sem se mexerem, podem ficar rígidas e o resultado disso é cada vez mais a dificuldade de movimentação e dor;
Hábito alimentar e peso: uma das principais dificuldades de uma pessoa acamada é conseguir comer e engolir adequadamente, muitas pessoas chegam até usar sonda por conta disso. Para os que ainda conseguem comer normalmente, é necessário redobrar a atenção para evitar engasgos;
Intestino preso e incontinência fecal: o simples ato de caminhar ajuda o intestino a empurrar o bolo fecal no seu trajeto até sua liberação, e dessa forma também auxilia na eliminação dos gases. Dependendo da razão da imobilidade, pode ocorrer o contrário, a falta de controle na liberação das fezes, a chamada incontinência fecal;
Respiração: os pulmões têm o seu melhor funcionamento quando estamos sentados ou em pé. Quando a pessoa fica permanentemente deitada, os pulmões tendem a murchar, diminuindo a capacidade de oxigenação no corpo, portanto a situação pode ser crítica para pessoas acamadas que possuem problemas respiratórios. Além disso, os pulmões mais murchos, tendem a acumular mais secreções;
Problemas urinários: muitas vezes, os problemas do sistema nervoso que levaram o idoso a imobilidade também alteram o comando dos órgãos como intestino e bexiga, sendo assim, em algumas pessoas pode ocorrer a retenção de urina involuntária, aumentando as chances de proliferação de bactérias e infecção de urina;
Trombose: a imobilidade prejudica a circulação, principalmente do sangue presente na veia, aumentando o risco de trombose.
O que fazer?
Para algumas condições, é possível reverter o quadro de imobilidade e por isso o acompanhamento médico adequado é fundamental. Nos casos em que isso não é possível, algumas medidas de cuidado podem minimizar e afastar doenças que frequentemente comprometem essas pessoas.
Mexer os braços e pernas da pessoa gentilmente com frequência podem trazer alívio e bem estar;
Mudança da posição do corpo na cama a cada duas horas;
Cuidados com a alimentação oferecendo comidas pastosas e fáceis de engolir;
Higiene adequada.
Essas medidas são gerais e podem ajudar, existem muitas outras medidas que podem ser indicadas a depender do caso, como anticoagulantes, laxantes ou sondas, mas isso quem deve orientar é o médico após uma avaliação adequada.
Se você tiver algum parente ou conhecido nessa situação, não deixe de procurar um médico, e de preferência um geriatra.
Para mais informações, assista ao vídeo no canal Doutor Auda no youtube.
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