por Ernando Coutinho, da redação da terra
Há 18 anos, em 9 de janeiro de 2003, a partir da Lei 10.639/2003, houve uma mudança significativa na educação brasileira. Esta Lei, alterou a Lei de Diretrizes e Bases da Educação e incluiu no currículo oficial da rede pública e privada a obrigatoriedade da presença da temática “História e Cultura Afro-Brasileira e Africana” nas unidades de ensino de todo Brasil.
Desde 2003, quando a lei entrou em vigor, diversas escolas do país celebram o Dia da Consciência Negra, no dia 20 de novembro, pois esta data foi inserida no calendário escolar (mais uma conquista da Lei 10.639/2003). Seguindo esta linha, na quinta-feira (25) ocorreu um momento de integração e de colocar em prática o “Projeto Consciência Negra: Integrando Saberes” da Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Padre Vitaliano Maria Vari (coordenado pelos professores e professoras do Ensino de Tempo Integral).
O evento aconteceu nesta quinta-feira (25), na E.E.E.F.M. Padre Vitaliano Vari, localizada no bairro Jardim Tropical, na cidade de Capitão poço, nordeste do Pará, e a programação foi executada nos turnos da manhã e da tarde (das 9h às 11h e das 14h às 17h). O 1°ANO A, o 1°ANO B, o 1°ANO C e o 1°ANO D do ensino médio apresentaram os temas do evento.
Os temas abordados foram os seguintes:
1°ANO A: - As potências e pluralidades de pessoas negras;
1°ANO B: - Máscaras africanas: elementos culturais de extrema importância para os diversos povos que integram a África; pinturas afro; cinema afro: Pantera Negra (filme);
1°ANO C: - Danças de origem africana;
1°ANO D: - A influência africana na cultura brasileira; Hip Hop, expressão cultural negra da periferia americana; Aleijadinho: origem e obras de um artista negro brasileiro.
De acordo com o professores e professoras da E.E.E.F.M.Padre Vitaliano Maria Vari, o objetivo principal do projeto foi e é de “propiciar à sociedade em geral uma visão da importância do negro para a constituição da identidade brasileira, e, principalmente, fortalecer o respeito à diversidade humana, bem como repudiar toda forma de racismo e/ou preconceito nesse país”, afirmaram os docentes e as docentes da escola.
Conforme a professora Graciele Menezes, que fez parte da elaboração e da concretização do projeto nesta quinta-feira (25), todas as expectativas do evento foram alcançadas, por meio, principalmente, “dos temas abordados, pois foi possível proporcionar ações de combate ao racismo, e, desta forma, promover a reflexão sobre a importância do negro para a sociedade”, concluiu a professora.